Trapeze Bars

The end of each school year is marked by a series of celebrations designed to highlight and appreciate individual and collective achievements while also honoring the unique nature of our communities. The end-of-year celebrations also represent a period of key student celebrations and transitions, such as kindergarten to Lower School, Grade 5 students to Middle School, and Grade 8 students to High School. The end of May will also be highlighted by the graduation of our senior class, which represents a culminating experience for EAB students as they prepare to move beyond high school to seek new challenges and growth opportunities. While we are still a few weeks away from these important events in our lives, it is also important to prepare for these periods of transition.

It is often easy to overlook the transition phases of our lives and, in our future-orientated approaches, focus only on the next stages. However, what if it is during these periods of transition that we are presented with the most profound and enlightening experiences associated with who we are and what we value? In our rush to move through transitions as quickly as possible, we may be missing the most important experiences of our lives. Author Danaan Parry has articulated these thoughts through the use of a trapeze bar metaphor:


Sometimes I feel that my life is a series of trapeze swings. I’m either hanging on to a trapeze bar swinging along or, for a few moments in my life, I’m hurtling across space between trapeze bars.

Most of the time, I spend my life hanging on for dear life to my trapeze-bar-of-the-moment. It carries me along a certain steady rate of swing and I have the feeling that I’m in control of my life. I know most of the right questions and even some of the right answers. But once in a while, as I’m merrily (or not so merrily), swinging along, I look ahead of me, and what do I see? I see another bar swinging towards me. It’s empty and I know, in that place in me that knows, that this new trapeze bar has my name on it. It is my next step, my growth, my aliveness coming to get me. In my heart of hearts I know that for me to grow, I must totally release my grip on the present, well-known bar and move to a new one.

Each time it happens to me, I hope (no, I pray) that I won’t have to grab a new one. But in my knowing place I know that I must totally release my grasp on my old bar, and for some moment in time I must hurtle across space before I grab onto the new bar. Each time I am filled with terror. It doesn’t matter that in all my previous hurtles across the void of knowing I have always made it. Each time I am afraid I will miss, that I will be crushed on unseen rocks in the bottomless chasm between the bars. But I do it anyway. Perhaps this is the essence of what the mystics call the faith experience. No guarantees, no net, no insurance policy, but you do it anyway because somehow, to keep hanging onto the old bar is no longer on the list of alternatives. And so for an eternity that can last a microsecond or a thousand lifetimes, I soar across the dark void of the “the past is gone, the future is not yet here.” It’s called transition. I have come to believe that it is the only place where real change occurs. I mean real change, not the pseudo-change that only lasts until the next time old my buttons get punched.

I have noticed that, in our culture, this transition zone is looked upon as a “nothing”, “a no-place” between places. Sure the old trapeze-bar was real, and the new one coming towards me, I hope that’s real to. But the void in-between? That’s just a scary, confusing, disorientating “nowhere” that must be gotten through as fast as possible. What a waste! I have a sneaking suspicion that the transition zone is the only real thing, and the bars are illusions we dream up to avoid the void, where real change and real growth occurs for us. Whether or not my hunch is true, it remains that the transition zones in our lives are incredibly rich places. They should be honored, even savored. Yes, with all the pain and fear and feelings of being out of control that can (but not necessarily) accompany transitions, they are still the most alive, most growth filled, passionate, expansive moments in our lives.

And so, transformation of fear may have nothing to do with making fear go away, but rather with giving ourselves permission to “hang out” in the transition between trapeze bars. Transforming our need to grab that new bar, any bar, is allowing ourselves to dwell on the only place where change really happens. It can be terrifying. It can also be enlightening, in the true sense of the word. Hurtling through the void, we may just learn to fly.


As we collectively plan for the end of the school year and prepare for each of our personal transitions, it is hoped that we will have the opportunity to savor the transition itself. If we follow Danaan’s advice about the importance of embracing transitions, then we may just experience, “the most alive, most growth filled, passionate, expansive moments in our lives.”


Barra de Trapézio

O final de cada ano letivo é marcado por uma série de celebrações projetadas para destacar e valorizar as realizações individuais e coletivas, e ao mesmo tempo, honrar a natureza singular das nossas comunidades. As comemorações de fim de ano também representam um período chave de celebrações estudantis e transições, como a do jardim de infância para o Lower School, os alunos da 5ª série para o Middle school, e os alunos da 8 ª série para o High School. O final de Maio, também se destaca pela formatura dos Seniores, o que representa uma experiência culminante para os alunos da EAB, enquanto se preparam para ir além do High School e buscar novos desafios e oportunidades de crescimento. Enquanto ainda temos algumas semanas ate esses eventos, importante em nossas vidas, também é importante nos prepararmos para estes períodos de transição.
Muitas vezes é fácil ignorar as fases de transição das nossas vidas e, em uma abordagem futura e orientada, concentre-se apenas na próxima etapa da sua vida. Mas e se for durante esses períodos de transição que, se apresentam as experiências mais profundas e esclarecedoras associadas com o que somos e o que valorizamos? Com a nossa pressa em passarmos por essas transições o mais rápido possível, corremos o risco de perder as experiências mais importantes das nossas vidas. O autor Danaan Parry articulou esses pensamentos através do uso de uma metáfora com uma barra de trapézio:


Às vezes eu me sinto como se a minha vida fosse uma sequência de balanços em um trapézio. Ou eu estou pendurado em uma barra de trapézio ou eu estou me jogando entre elas.

A maioria das vezes, eu passo a minha vida me pendurando no trapézio da vez. Eu tenho a sensação de que estou me balançando da forma cadenciada e com isso eu acho que estou no controle da minha vida. Eu sei a maioria das perguntas certas e muitas vezes algumas das respostas certas também. Mas de vez em quando, enquanto eu estou alegremente (ou nem tanto assim) me balançando no trapézio, eu olho adiante e, o que eu vejo? Eu vejo outra barra se balançando na minha direção. Está vazia e, eu sei, bem lá no fundo, que essa nova barra tem o meu nome nela. É o meu próximo passo, meu crescimento, minha vitalidade aparecendo pra mim. No fundo do meu coração, eu seu que para crescer, eu preciso liberar totalmente o meu domínio sobre o presente, a barra que já conheço e, me mudar para uma nova barra.

Cada vez que isso acontece comigo, eu espero (não, eu rezo) pra que eu não precise agarrar uma nova barra. Mas lá no fundo, eu sei que eu tenho que liberar totalmente a minha compreensão sobre a barra antiga e me jogar no espaço entre as barras até agarrar uma barra nova. Cada vez que isso acontece, eu fico aterrorizado. Não importa o fato de que todas as outras vezes que eu me joguei para uma nova barra, tenha dado certo. Todas às vezes eu tenho medo de não conseguir, de bater nas pedras que não podem ser vistas no fundo do poço. Mas eu vou de qualquer jeito. Talvez seja essa a essência daquilo que os místicos chamam de experiência de fé. Sem garantia, sem rede, sem uma apólice de seguro, mas você faz isso de qualquer jeito, porque de alguma forma, se manter segurando na barra antiga não é mais uma opção. E então para uma eternidade que pode durar um milésimo de segundo ou milhares de vidas, eu vago pelo vazio da escuridão do “o passado já se foi, o futuro ainda não está aqui.” É chamada transição. Eu cheguei à conclusão que é o único lugar onde mudança verdadeira ocorre. Eu quero dizer mudança de verdade, não a pseudo-mudança que só dura até a próxima vez que meus antigos botões forem apertados.

Eu percebi que, na nossa cultura, essa zona de transição é vista como “nada”, um “não-lugar” entre lugares. É claro que a antiga barra era real, e a próxima que está vindo em minha direção, eu espero que seja real também. Mas e o vazio no meio? É só o assustador, confuso, desorientador “lugar nenhum” que deve ser atravessado o mais rápido o possível. Que desperdício! Eu tenho a suspeita que a zona de transição é a única coisa real, e as barras são ilusões que nós sonhamos para evitar o vazio, onde a mudança e o crescimento de verdade acontecem. Se a minha suspeita é ou não verdadeira, acontece que a zona de transição nas nossas vidas são lugares incrivelmente ricos. Eles deveriam ser honrados e até mesmo saboreados. Sim, com toda dor e medo e sensação de estar fora de controle que, podem (mas não necessariamente) acompanhar as transições, eles ainda são os momentos mais vivos, desenvolvidos, apaixonantes, expansivos das nossas vidas.

E então, a transformação do medo pode não ter nada a ver com a partida dele, mas com a permissão que damos a nós mesmos para “ficar” na transição entre as barras. Transformar a nossa necessidade de agarrar aquela nova barra, ou qualquer barra, é nos permitir habitar no único lugar onde a mudança realmente ocorre. Pode ser aterrorizante. E também pode ser esclarecedor, ao sentido verdadeiro da palavra. Se debatendo no vazio, pode ser que a gente aprenda a voar.


Ao nos planejarmos, coletivamente, para o final do ano letivo e, ao nos prepararmos para cada uma das nossas transições pessoais, espera-se que tenhamos um momento para saborear a nossa própria transição. Se seguirmos o conselho de Danaan sobre a importância de abraçar as transições, então poderemos apenas experimentar os momentos expansivos em nossas vidas, mais vivos, apaixonados e mais evoluidos.

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Relationships and Learning

One of my highlights each week is the eighty-minute Leadership Class I teach to high school students every second day. A pedagogical foundation that I always hope to include in the class is the application of theoretical constructs to practical situations through experiential learning opportunities. It was during a meeting with students this week, to follow up on their collaborative project work, when they concluded that the key to the success of their project was their focus on relationships. The students were referring to their decision to structure and lead learning activities for the lower school students who arrive at school at 08:00 during the Professional Wednesday late starts. During their first classes, the Leadership Class students struggled to run effective activities. However, after some coaching and reflections, the classes gradually became more effective and engaging. I asked the Leadership Class students about the reason for their success. The students’ eyes lit up when reflecting on the question and quickly recognized that their newfound success was based primarily on the fact that they had established deeper relationships with the lower school students.

Fundamentally, effective teaching is dependent on the ability to build strong relationships that are based on trust, mutual support, and understanding. In fact, it can be argued that relationships are the single most important factor associated with effective teaching and learning. Extending this concept, it can also be claimed that a school community is only able to collectively support student learning at the highest level through the relationships that evolve in terms of a partnership among parents, students, and the school. It was, therefore, encouraging to see so many parents participating in this week’s parent-teacher coffees and the lower school assembly (an estimated 100 parents were in attendance!), in addition to the gracious and generous efforts of the PTO and the U.S. Embassy to host a teacher appreciation event.

The week of May 5-9 is designated as Teacher Appreciation Week at EAB, representing an important moment in the school year when we recognize the outstanding work of our teachers. EAB is fortunate to work with a talented and committed group of teachers who make a difference every day in the lives of our students. Recognizing that my opinion is obviously biased, I do see the work of teachers as a “calling” for those who have a passion for working with students. In Parker Palmer’s book, The Courage to Teach, he corroborates the concept of teaching as a “calling” through his statement, “good teaching cannot be reduced to technique; good teaching comes from the identity and integrity of the teacher.” The focus of this week has been to celebrate the identity and integrity of each teacher at EAB and the passion, talents, and professionalism they correspondingly commit to EAB’s students. Please join me in celebrating and thanking our wonderful teachers.

Among EAB’s greatest strengths are the relationships that are developed throughout the school community, which is representative of one of the most important factors contributing to student learning.


Relacionamentos e Aprendizagem

Um dos meus destaques a cada semana é a aula de oitenta minutos que eu dou para os alunos de Liderança do High School a cada 2 dias. A base pedagógica que sempre esperamos usar na aula é a aplicação de conceitos teóricos em situações práticas, através de oportunidades de aprendizagem experimental . Foi durante uma reunião com os alunos , esta semana, para acompanhar o trabalho deles de um projeto colaborativo, que chegamos a conclusão de que a chave para o sucesso do projeto era o foco nos relacionamentos. Os alunos estavam se referindo a sua decisão de estruturar e conduzir atividades de aprendizagem para os alunos do Lower School, que chegam na escola às 08:00 nas quartas-feiras quando ocorrem o desenvolvimento profissional. Durante suas primeiras aulas , os alunos da Classe de Liderança, se esforçaram para executar as atividades de forma eficaz. No entanto, após algum tempo de treinamento e reflexões, a turma tornou-se gradualmente mais eficaz e envolvente. Perguntei aos alunos da Classe de Liderança sobre a razão para o seu sucesso. Os olhos dos alunos se iluminaram como se refletindo sobre a pergunta e, rapidamente reconheceram que o seu sucesso recente foi baseado principalmente no fato de que eles tinham estabelecido relacionamentos mais profundos com os alunos do Lower School.

Fundamentalmente, um ensino eficaz depende da capacidade de construir relacionamentos fortes, que são baseados em confiança, apoio mútuo e compreensão. Na verdade, muito se tem discutido sobre os relacionamentos serem o fator mais importante associado a um ensino e aprendizado eficazes. Estendendo este conceito, também se pode afirmar que a comunidade escolar é capaz de garantir coletivamente um aprendizado no mais alto nível, a partir das relações de parceria que se desenvolvem entre os pais, alunos e escola. Por isso, foi tão encorajador ver tantos pais participando nos Cafés para Pais e Professores, desta semana, e na assembleia da Educação Infantil e Ensino Fundamental (aproximadamente, mais de 100 pais estiveram presentes!), além dos esforços graciosos e generosos do PTO e da Embaixada Americana em sediar um evento de valorização do professor.

A semana de 5 a 9 de maio é designada como a Semana da Apreciação aos Professores na EAB, que representa um momento importante no ano letivo quando reconhecemos o excelente trabalho dos nossos professores. A EAB tem sorte em trabalhar com um grupo talentoso e comprometido, que faz a diferença a cada dia na vida dos nossos alunos. Reconhecendo que a minha opinião é obviamente tendenciosa, eu vejo o trabalho dos professores como um”chamado” para aqueles que têm paixão por trabalhar com os alunos. No livro de Parker Palmer, “A coragem de Ensinar”, ele confirma o conceito de ensino como um “chamado”. Por meio de sua declaração, “um bom ensino não pode ser reduzido à técnica; o bom ensino vem da identidade e integridade do professor”. O foco desta semana foi celebrar a identidade e integridade de cada professor na EAB e a paixão, talento e profissionalismo com as quais eles se comprometem com os alunos.

Vamos celebrar e agradecer aos nossos professores maravilhosos.

Entre os pontos mais fortes da EAB, estão as relações que são desenvolvidas em toda a comunidade escolar, que são a representação de um dos mais importantes fatores de contribuição para a aprendizagem dos alunos.

Featured image: cc licensed (CC BY-ND 2.0) flickr photo by Hamed Parham: https://www.flickr.com/photos/hamedparham/3328144733